O sistema de trabalho híbrido, que combina dias em casa com dias no escritório, tem se consolidado como uma tendência global. No entanto, um novo estudo realizado no Reino Unido destaca um fator frequentemente subestimado que pode ser decisivo para o sucesso desse modelo: o conforto térmico nos ambientes corporativos.
De acordo com a pesquisa, 66% dos trabalhadores britânicos que adotam essa forma de trabalho cada vez mais comum no mundo pós-pandemia seriam desencorajados a ir ao escritório se o ar-condicionado não estivesse funcionando corretamente ou fosse de baixa qualidade.
Além disso, o estudo revelou que, entre os profissionais que estão passando mais dias no escritório, a média é de 9,2 dias extras por mês em 2023, em comparação com o ano anterior. Especialmente na faixa etária de 18 a 24 anos, 81% planejam mais dias presenciais com seus colegas. Nesse cenário, ter um ambiente com temperatura agradável se torna ainda mais relevante.
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Durante os meses mais quentes, o conforto térmico desempenha um papel crucial nas escolhas dos profissionais. Nesse sentido, quase metade (46%) dos entrevistados disseram que planeja usar o ar-condicionado do escritório em caso de uma nova onda de calor neste verão. Além disso, 35% dos trabalhadores procuram o refúgio do escritório simplesmente para se beneficiar do conforto térmico durante dias quentes.
No entanto, nem tudo são boas notícias. Mesmo com o crescente interesse em retornar ao trabalho presencial, 24% dos trabalhadores híbridos expressaram insatisfação com o ar-condicionado de seus escritórios. Dessas queixas, 40% indicaram que o equipamento muitas vezes não funciona corretamente. Curiosamente, quase um terço (31%) apontou correntes de ar frio como um problema recorrente.
Essas estatísticas abrem uma discussão mais ampla sobre a necessidade de sistemas de controle mais avançados e personalizáveis. Nesse aspecto, particularmente, cerca de 42% dos entrevistados admitiram disputas relacionadas ao ar-condicionado no local de trabalho.
Na maioria das vezes, as discussões giram em torno do ajuste ideal da temperatura – 55% dos entrevistados informaram que seus escritórios utilizam um único sistema de controle para toda a área de trabalho, levando a potenciais conflitos sobre preferências térmicas.