Sem ações urgentes contra o aquecimento global, pesquisadores do Environment & Health Modelling (EHM) Lab, da London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM), preveem mais 2,3 milhões de óbitos no Velho Continente ainda neste século, em função das altas temperaturas.
Estes números poderiam ser reduzidos em cerca de 70%, com a rápida adoção de medidas eficazes para mitigar o calor. Por exemplo, a substituição dos combustíveis fósseis nos veículos, e dos fluidos refrigerantes de alto GWP pelos de menos impacto ambiental em geladeiras e condicionadores de ar.
Com o ritmo lento de mudanças assim, nem mesmo o frio rigoroso em praticamente toda a Europa durante o próximo Outono-Inverno seria capaz de evitar o quadro antevisto pelos estudiosos britânicos.
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O quadro mais grave, segundo eles, ameaça 854 cidades, principalmente nas regiões do Mediterrâneo, Europa Central e Bálcãs.
Ao divulgar seu trabalho, os especialistas frisaram que somente cortes rápidos nas emissões de carbono poderiam manter as temperaturas mais baixas, reduzindo com isso o grande número de óbitos projetado.
“Nossos resultados ressaltam a necessidade urgente de se adotarem medidas agressivas, tanto para mitigar as mudanças climáticas quanto para adaptar as populações ao aumento das temperaturas”, disse Pierre Masselot, um dos líderes da equipe responsável pela pesquisa.
Segundo o cientista, se nada for feito, as consequências podem ser devastadoras. “No entanto, seguindo um caminho mais sustentável, poderíamos evitar milhões de mortes antes do final deste século”, concluiu.