Desde a última Febrava, a indústria brasileira de refrigeração e ar condicionado (AVAC-R) tem se beneficiado de um novo serviço fornecido pela Conforlab: a análise da qualidade e da pureza dos fluidos refrigerantes.
Os pioneiros dessa iniciativa já estão vendo os frutos do seu trabalho, conforme observado pelo gerente comercial da empresa paulistana, Marcos Karas.
Na última sexta-feira (1º), durante mais uma Noite do Pinguim — confraternização anual da qual sempre participam alguns dos principais nomes do setor — o CEO da companhia, Leonardo Cozac, falou ao Blog do Frio e se demonstrou satisfeito com os primeiros resultados da inovação no mercado.
“Basicamente, há dois tipos de clientes nos procurando: importadores e distribuidores, que buscam atestar a qualidade do fluido que estão trazendo para o Brasil; e também o próprio cliente final, ou seja, grandes empreendimentos, shopping centers e condomínios”, informa.
O problema encontrado com maior frequência, segundo ele, tem sido a constatação de compostos adulterados no lugar das substâncias genuínas.
“Costumamos fazer analogia com a adulteração dos combustíveis, que provoca uma série de danos a vários componentes e até ao motor de um veículo, além de provocar um consumo bem acima do normal”, diz Cozac.
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De acordo com o executivo, foi cerca de um ano e meio de investimentos na aquisição de equipamentos e na certificação dos testes de laboratório para aprovar o novo serviço no Inmetro e, com isso, ter sua confiabilidade assegurada, em conformidade com a norma AHRI 700.
Merecedor do prêmio de inovação da Febrava, o serviço permite a detecção de misturas e impurezas capazes de afetar o desempenho, a eficiência energética e, nos casos mais extremos, danificar componentes e ocasionar até mesmo o travamento do compressor.
Ao descobrir uma ocorrência assim, o fluido refrigerante é retirado e segue para uma empresa parceira da Conforlab, a Ecosuporte, que decide por sua regeneração ou destinação final ambientalmente correta do produto.
Para dar uma dimensão do problema, Karas afirma que estudos mostram um percentual em torno de 50% no tocante a equipamentos de ar condicionado em nosso país estão operando com fluido refrigerante de má qualidade.
Essa realidade, porém, Cozac espera ver alterada com a urgência requerida pelo assunto, à medida que a solução recém-lançada se espalhe pelo mercado.
“Tudo indica que, já em 2024 e nos anos seguintes, haverá grande demanda por esse serviço”, prevê o empresário, otimista.