Ao comemorar meio século de atuação no mercado brasileiro, a Thermo King tem feito da agenda ESG uma prioridade aqui e no restante da América Latina.
Prova disso são seus dois últimos lançamentos, voltados – respectivamente – para Veículos Urbanos de Cargas (VUCs) e os semi-reboques, utilizados nas rodovias.
A Série EV, já homologada por algumas das principais montadoras globais de caminhões, utiliza a própria bateria do veículo para suprir o frio no interior do baú, fonte que pode ser substituída pela rede elétrica.
Uma flexibilidade apontada pelo gerente de Produto para a América Latina, Marcel Souza, como ideal quando se deseja fazer um pré-resfriamento ou aguardar, com o motor desligado, na fila de descarga.
Já o modelo A500, definido pela Thermo King como meio híbrido, faz da carroceria uma unidade frigorífica independente, funcionando com um tanque próprio de diesel e um plug opcional para utilização de energia da rede.
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“Assim, no posto de descanso, com uma tomada trifásica de 380V, o motorista também pode manter a carga refrigerada sem queimar combustível nem emitir CO2”, explica Souza.
Outra primazia do A500, segundo ele, é um sistema de telemetria que vem de fábrica com 2 anos de gratuidade, permitindo o monitoramento remoto da carga. “Isso dispensa o motorista de aferir a temperatura da carga durante o trajeto”, diz o executivo.
Fluidos Refrigerantes
A preocupação da Thermo King em suas mais de 75 fábricas espalhadas pelo mundo com as práticas ESG (Environmental, Social and Governance) se estende aos fluidos refrigerantes.
Isso se deve a uma lógica fácil de entender: seria inócuo colocar nas ruas carrocerias frigorificadas que funcionam com o motor desligado, mas utilizam substâncias nocivas à natureza no sistema de frio.
Essa diretriz, de acordo com a companhia, faz com que na América Latina e demais mercados de atuação, os produtos da marca sejam aqui abastecidos com os fluidos escolhidos pelos países de origem.
No caso da série EV e do AF 500, respectivamente produzidos nas plantas de Wujang, na China, e Galway, na Irlanda, a opção tem sido a Hidrofluorolefina (HFO) R-452A, que corresponde ao Opteon™ XP44, da Chemours.
“Para se ter uma ideia, um 1 Kg de R-404A impactava o meio ambiente com quase 4 toneladas de CO2, ou seja, praticamente o dobro em relação ao R-452A”, compara Marcel.