O Brasil alcançou a melhor colocação dos últimos quatro anos no ranking mundial de inovação. O País ficou em 64º lugar, subindo cinco posições em relação ao último ano, colocado em 69º.
Elaborado pela Universidade de Cornell, pela escola de negócios Insead e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o índice avaliou a economia de 126 países.
Classificado na categoria das nações de renda média-alta e ocupando a 15ª posição neste grupo, o País ficou na 6ª colocação dentro da região latino-americana.
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Mesmo com o resultado satisfatório, o Brasil, que é a maior potência econômica da América Latina e Caribe, ficou atrás dos vizinhos Chile (47ª posição), Costa Rica (54ª) e México (56ª) na lista.
A liderança do ranking ficou com a Suíça. O país foi seguido por Países Baixos, Suécia, Reino Unido, Cingapura, Estados Unidos, Finlândia, Dinamarca, Alemanha e Irlanda.
Entre os países de renda média-alta, o destaque foi da China, seguida por Malásia, Bulgária, Croácia e Tailândia.
Investimento em tecnologia
Neste indicador, são levados em consideração itens como instituições, capital humano, pesquisa, infraestrutura e sofisticação de mercado e negócio.
Os gastos recentes com pesquisa e desenvolvimento, além de importações e exportações de alta tecnologia, estão entre os fatores que implicaram diretamente no melhor posicionamento do Brasil no ranking.
A inserção do País na chamada quarta revolução industrial está intrinsecamente ligada ao cenário econômico atual, como explica o especialista em Automação Industrial, Marcelo Miranda.
“Estamos passando por uma transição industrial. Impressão 3D, inteligência artificial e outras ferramentas estão, aos poucos, tomando conta da indústria brasileira”, analisa o empresário, que tem mais de 30 anos de experiência no mercado.
Uma estimativa realizada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), apontou que a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, o Brasil reduziria no mínimo R$ 73 bilhões por ano nos custos industriais.
Miranda explica que essa redução está diretamente ligada aos benefícios que a Industria 4.0 oferece. Segundo ele, “há ganhos ligados ao consumo de energia, na eficiência produtiva e ainda na diminuição de impactos ambientais”.