A guerra entre a Rússia e a Ucrânia parece estar cada vez mais arraigada no leste europeu. Como consequência do conflito, os custos energéticos continuam subindo em toda a Europa. Ontem (10/3), o preço do megawatt-hora (MW/h) do gás natural russo atingiu € 143,90, de acordo com o Mercado Ibérico de Gás.
Em sua estratégia de implementar ações que buscam sufocar a economia do país presidido por Vladimir Putin, a União Europeia (UE) propôs reduzir suas importações de gás natural russo em mais de um terço em um ano. Atualmente, a UE recebe 33% do fornecimento total de gás da Rússia.
Dias atrás, Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, pediu aos cidadãos do bloco econômico que reduzam o aquecimento em suas casas e o consumo de gás para “cortar” o financiamento da guerra e “cancelar essa dependência”.
Leia também
- Fabricantes de ar-condicionado suspendem negócios com a Rússia
- Em meio à guerra na Ucrânia, cobre e alumínio disparam
- Bombardeio atinge armazém da Danfoss em Kiev
Recentemente, a Agência Internacional de Energia (AIE) publicou um decálogo de medidas para atingir esse objetivo. Entre elas, estão a substituição de caldeiras a gás por bombas de calor, aumento da eficiência energética em todos os tipos de edifícios e setores industriais e redução da temperatura dos termostatos dos sistemas de aquecimento doméstico.
A bomba de calor é citada, especificamente, em duas das dez medidas propostas pela AIE. Numa delas, informa que se “a implantação prevista de bombas de calor for acelerada, duplicando o número atual de instalações na UE, mais dois milhões de metros cúbicos de gás poderão ser poupados no primeiro ano”.