O presidente dos EUA, Joe Biden, emitiu nesta semana uma ordem executiva buscando o consentimento do Senado dos EUA para ratificar a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, pacto internacional que cria regras para a redução gradual de hidrofluorcarbonos (HFCs).
A inserção do segundo maior emissor de gases de efeito estufa nesse acordo é uma das ações de amplo alcance para enfrentar a crise climática anunciada pelo novo presidente.
Ao contrário da gestão de Donald Trump, a nova administração quer colocar as mudanças climáticas no centro da política externa e da segurança nacional dos EUA.
“Os EUA e o mundo enfrentam uma profunda crise climática. Temos um momento limitado para buscar ações no país e no exterior, a fim de evitar os impactos mais catastróficos dessa crise e aproveitar a oportunidade que o combate às mudanças climáticas apresenta”, ressalta uma declaração divulgada pela Casa Branca na noite de quarta-feira (27).
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A ordem executiva segue a promessa do presidente Biden de tomar medidas agressivas para combater as mudanças climáticas, incluindo o retorno dos EUA ao Acordo de Paris e a revisão imediata do que ele vê como “desmantelamentos prejudiciais” de normas ambientais feitos na gestão passada.
De significado especial para a indústria de refrigeração e ar condicionado, o pacto climático ainda não foi ratificado pelos três maiores consumidores de gases de efeito estufa fluorados do mundo – China, Índia e EUA.
Para representantes do setor e ambientalistas, sua ratificação pelos EUA, provavelmente, exercerá pressão sobre os demais países para que tomem medidas semelhantes.