A indústria brasileira de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração (AVAC-R) espera faturar R$ 36,6 bilhões neste ano, um aumento de 7% em relação aos R$ 34,2 bilhões faturados em 2022, de acordo com projeções da Abrava. Com isso, a expectativa é que o faturamento de 2023 seja o maior dos últimos 15 anos.
Segundo a entidade, o setor de serviços foi o principal motor da economia em 2022, o que impactou positivamente o AVAC-R em diversas áreas, principalmente o ramo de ar condicionado central.
“Para 2023, os estímulos causados pela demanda reprimida da pandemia devem perder força e caminhar para uma variação mas próxima ao Produto Interno Bruto (PIB)”, pondera um relatório da associação.
Já o segmento de ar condicionado residencial teve perdas consideráveis em 2022, sofrendo queda de quase 15% em relação ao ano anterior, “mas devemos levar em conta que a base de comparação com 2021 é bastante elevada”, ressalva a Abrava, lembrando que o nicho deve crescer cerca de 3% neste ano.
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Ao mesmo tempo, a recuperação do poder de compra, via queda da inflação, começa a dar sinais positivos no comércio varejista, “especialmente nos supermercados, favorecendo os segmentos ligados à refrigeração comercial, que deverá apresentar ligeira recuperação em 2023”.
O segmento de exportações de carnes congeladas, que cresceu em ritmo acelerado em 2022, deverá permanecer aquecido em 2023, impulsionando a expansão do mercado de refrigeração industrial.
No setor automotivo, por sua vez, o envelhecimento da frota e as dificuldades de acesso aos carros novos devem manter os negócios em alta, projeta a entidade.
Enfim, a Abrava estima que a cadeia produtiva do frio como um todo “deverá manter dinamismo acima da média” da economia em 2023.