A forma tão especial de ser e agir de Áureo Salles foi mais uma vez reconhecida publicamente, durante a última Noite do Pinguim realizada no dia 1º de dezembro, em São Paulo, quando a Abrava lhe outorgou o Prêmio Destaque Personalidade do Setor AVAC-R.
Receber homenagens semelhantes, bem como a simpatia de seus pares, tem sido uma constante pelos muitos lugares por onde tem passado para exercer uma de suas mais evidentes paixões: participar de forma marcante da vida associativa.
No seu querido Rio de Janeiro, foi um dos fundadores do Sindratar local, há 50 anos, passou também pelo Crea e o Clube de Engenharia, de onde se orgulha ainda ser conselheiro. Em São Paulo, também participou da fundação da própria Abrava, que novamente destaca o seu nome.
“A vantagem de quem está há muito tempo no mercado é que, procurando zelar pelas amizades e por aquilo que faz, acaba tendo sempre novas oportunidades, em função da credibilidade e do reconhecimento da seriedade com que se coporta”, pondera.
O que muita gente não sabe é que esse engenheiro vocacionado, que começou na área em 1955 para ajudar o pai na empresa da família, na qual atua até hoje nas áreas de projeto e instalação, também é psicólogo.
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A decisão de se formar na área surgiu há uns 30 anos, pois ele queria conhecer melhor a mente das pessoas com as quais se relacionava no dia a dia profissional, e com isso compreender e ser compreendido por todos.
A grande lição extraída dessa experiência, segundo ele, foi perceber a diferença que existe no tempo de amadurecimento de cada pessoa. “Quando se desconhece isso, muitas vezes se cobra do outro algo que ele ainda não está apto a oferecer, o que se constitui numa fonte frequente de conflitos”, ensina.
No lugar dessas críticas e pressões, ele defende como melhor caminho o de preparar as pessoas ao redor, por meio de conhecimentos a ela transmitidos, o que costuma mudar a forma de se pensar e agir. “Afinal, todos têm interesse de mudar para melhor internamente”, uma experiência que ele comprovou ao educar os quatro filhos e conviver igualmente muito bem com sua esposa.
Com relação ao sorriso largo e simpático, que é uma de suas marcas registradas, o engenheiro e empresário carioca não faz segredo. “É fruto da satisfação e certeza de reconhecer a importância das orientações passadas pelo meu pai para que eu fosse sempre cordato com todos ao meu redor, dentro ou fora da empresa”, diz.
“Tê-lo ouvido e procurado seguir à risca esse ensinamento me dá uma enorme sensação de dever cumprido”, acrescenta, dizendo-se igualmente grato pela saúde de ferro que Deus lhe deu.
Outra fonte enorme de felicidade ele afirma serem os amigos que soube colecionar até hoje, e o trabalho que tanto ama, a ponto de sequer pensar em aposentadoria. “Você acha que eu vou deixar de fazer o que gosto, e o que há de melhor na vida?”, conclui ele sorridente, é claro.