O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e a Associação Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado (Ashrae) vão celebrar um acordo de cooperação visando fortalecer e ampliar a participação feminina na indústria de climatização.
A primeira ação oriunda dessa parceria – que começou a ser acertada durante a recente passagem da presidente da Ashrae, Sheila Hayter, pelo Brasil – será a promoção do evento “Agora é que são elas – Mulheres no AVAC&R” em Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e Recife (PE) ao longo deste ano.
A primeira edição desse encontro pioneiro na América Latina foi realizada na capital paulista em dezembro passado pelo Sindicato das Indústrias de Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Estado de São Paulo (Sindratar-SP) em parceria com o capítulo brasileiro da Ashrae.
- Embraco investe no talento feminino na área de inovação e pesquisa
- Indústria do frio quer mais mulheres em postos de comando
- Mulheres empoderadas fomentam desenvolvimento do HVAC-R
Agora, o projeto integrará as iniciativas do Programa Mulher, do Confea. A partir deste ano, a autarquia também incluirá em seu calendário de datas comemorativas o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, instituído pela Women’s Engineering Society e celebrado em 23 de junho.
O Confea ainda pretende se aproximar das companhias signatárias do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU).
Universo machista
Com 57 mil membros em todo mundo, sendo 450 no Brasil, a Ashrae promove o empoderamento de engenheiras em todo o planeta.
“Por essa representatividade e pelos dados que ela dispõe, essa parceria significa uma grande realização para o Confea, que vai ao encontro do quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU”, disse a coordenadora do Programa Mulher, Fabyola Resende.
Segundo a presidente da Ashrae, uma das preocupações da entidade é compartilhar experiências, identificando as dificuldades e os desafios a serem enfrentados pelas mulheres no setor de refrigeração e ar condicionado.
“Nos Estados Unidos, há poucas mulheres na liderança desse setor, na ordem de 7% a 10%. Felizmente, verificamos que há um aumento constante do número de mulheres estudando engenharia”, informou Sheila Hayter, ressaltando que a área ainda “é um universo machista”.
Publicado em 13/2/2019, às 10h17. Atualizado em 15/2/2019, às 7h34