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Quando ondas de calor tão fortes como a atual são anunciadas, o brasileiro sai à caça de tudo que possa amenizar seu sofrimento, pelo menos dentro de casa.
O ar-condicionado encabeça essa lista, já havendo previsão de 15% mais aparelhos fabricados este ano no país, em comparação ao anterior.
Entanto isso, meteorologistas cogitam 70 graus de sensação térmica em várias cidades já nos próximos dias, uma marca de fazer inveja a certos desertos.
Nem mesmo juros altos, crédito apertado e um problema crônico da área, que é a insuficiência no número de instaladores, devem evitar crescimento do HVAC-R este ano.
Tais expectativas são de Toríbio Rolon, presidente do Departamento Nacional do Comércio e Distribuição da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).
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Em entrevista à CNN Brasil, o especialista disse ser impossível uma estimativa concreta das vendas da área até dezembro, embora a média mensal tenha tudo para permanecer na casa das 240 mil unidades.
Certo mesmo de antemão é que o calor novamente será um dos principais vendedores do segmento, a exemplo do ocorrido em 2024.
Segundo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), 6 milhões de unidades foram produzidas naquele ano.
Os condicionadores do tipo split, isoladamente, superaram em mais da metade o volume fabricado no exercício anterior.
E isso aconteceu quando os preços subiram quase 26% logo em janeiro, quadro bem diferente da baixa de 6,4% registrada mês passado no varejo de todo o país.
Agora, com preços menores e termômetros mais altos ainda, este ano tem tudo para ser um período tão histórico do setor quanto o ambientalmente preocupante calor que ainda teremos pela frente.