O crescimento anual do uso do cobre em todo mundo, inclusive como matéria-prima no HVAC-R, pode, em um futuro muito próximo, exaurir as minas dos principais países produtores – Chile, Peru e China.
O alerta foi dado por analistas do Bank of America, para quem “o mundo corre o risco de ficar sem o metal”.
“Os estoques medidos em toneladas estão atualmente em níveis mínimos não vistos há 15 anos”, disse Michael Widmer, especialista em pesquisa de metais, salientando que isso “implica que os estoques atuais atendem pouco mais de três semanas de demanda”.
De acordo com analistas, a expansão da demanda pela commodity estaria colaborando para a escassez do metal e o consequente aumento do preço.
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A Associação Espanhola dos Fabricantes de Cabos e Condutores Elétricos e Fibras Óticas (Facel) chancelou essa análise, mostrando que o cobre aumentou mais de 86% desde o final de março de 2020.
A alta demanda mundial por cobre também complicou o processo de produção do metal, que vem caindo.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística do Chile, a produção chilena havia diminuído em março em 1,3% ao ano, caindo para pouco menos de 492 mil toneladas.
O primeiro trimestre fechou com a produção de 1,37 milhão de toneladas, 2,2% menor que a do mesmo período de 2020.
A queda, avaliam os especialistas, também se deu por causa do avanço da pandemia de covid-19, que obrigou as mineradoras a adotar medidas para evitar que a doença atingisse seus funcionários.