Após diversos relatos de acidentes causados pelo uso de refrigerantes inflamáveis em equipamentos que não foram projetados para funcionar com essas substâncias, a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento emitiu um comunicado alertando sobre os perigos desse tipo de procedimento, tanto para os profissionais do setor quanto para os usuários desses sistemas.
“A preocupação é em relação às boas práticas e às normas de refrigeração e de segurança, uma vez que existe risco de explosão e queimaduras”, diz o documento, ressaltando que qualquer alteração no projeto original de um equipamento só deve ser feita após consulta ao seu fabricante.
A entidade ainda lembra que os refrigeristas devem checar a procedência dos refrigerantes antes da compra e reforça que “é importante utilizar fluidos classificados pela Ashrae, que trazem informações de flamabilidade e manuseio aprovadas e regulamentadas por esta instituição”.
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Há pouco tempo, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA, na sigla em inglês) também divulgou um alerta aos fabricantes, usuários e técnicos de ar-condicionado sobre os riscos associados ao uso de hidrocarbonetos em sistemas de climatização que não foram concebidos para operar com fluidos dessa natureza.
Atualmente, a polícia federal norte-americana (FBI) apura a ocorrência de possíveis incêndios fatais e, inclusive, já prendeu um acusado de comercializar dezenas de milhares de dólares de um refrigerante com propano (R-290) em sua composição, anunciado como “substituto” do R-22.