Quando grandes players de um setor mudam de mãos, notícias desencontradas e boatos são a última coisa que se deseja para continuar evoluindo, principalmente se a trajetória até então percorrida é centenária e vitoriosa.
Os visitantes que foram ao São Paulo Expo nesta ontem (12/9), tiveram um nítido exemplo disso ao visitar o estande da Copeland, onde uma conversa recorrente acabaria coincidindo com vários pontos da entrevista coletiva de imprensa, concedida pouco antes por executivos da multinacional no continente.
Em pauta, a curiosidade geral de jornalistas e profissionais do AVAC-R sobre os próximos passos de um gigante, cujo negócio foi avaliado em US$ 14 bilhões, em termos globais, pela Blackstone, força das finanças dos EUA, ao adquirir da Emerson a participação majoritária da área de tecnologias climáticas.
“Essa decisão beneficia as duas empresas, a Emerson e a Copeland”, resume o gerente-geral da Copeland na América do Sul. Daniel Rohe. “Passamos a focar naquil que a gente chama, no jargão interno, de pure play, tanto nós, quanto eles”, acrescenta.
A Emerson, na definição de Rohe, segue o planejamento estratégico dela, de atuar na área de soluções do setor de automação, e a Copeland na sua jornada de produzir soluções para ar condicionado, refrigeração e aquecimento, “só que, agora, de modo muito mais focado, muito mais dedicado”.
“É como quando você tem o plano A e o plano B, porque não confia tanto no plano A. Agora, só tem o plano A, então, o que a gente faz é para dar certo e, por isso, tem de ser feito com calma”, comparou o dirigente. “Essa é a principal mensagem a ser dada ao mercado neste momento: a grande mudança, tanto cultural dentro da empresa, como em relação ao dia a dia com os clientes”, assegura.
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Do ponto de vista de gestão, de impacto para os clientes, Daniel diz que isso ainda não é percebido, por se tratar de uma modificação de médio e longo prazo. “Isso vai começar a ficar mais visível ao longo do desenvolvimento de novas diretrizes. Por enquanto, os clientes seguem atendidos da mesma forma que eram antes. A equipe é exatamente a mesma, até um pouco maior, na verdade, porque precisamos reforçar algumas áreas que eram compartilhadas”, analisa.
Aliás, a linha de frente de contato com os clientes não foi impactada em nenhum lugar do mundo. Tampouco no Brasil, onde a marca chegou em 1994. “Estamos com a mesma equipe, dando a mesma atenção nos mesmos canais, com a mesma estrutura organizacional”, reforça o executivo.
Vale ressaltar, que a operação na América Latina representa 1% do contingente global da companhia, o que não impede, contudo, a adoção na região da mesma grandeza de filosofia, presente em sua firme decisão de conciliar inovação e sustentabilidade, necessidade básica reconhecida mundialmente nos dias de hoje.
O que também pode-se esperar nesses novos tempos da centenária história da Copeland é a velocidade maior de lançamentos com alto índice inovador em seus respectivos campos de atuação.
Nesta Febrava, aliás, quatro produtos Copeland receberam o Selo Destaque Inovação, distinção concedida pela Abrava aos equipamentos e sistemas reconhecidamente originais em sua concepção e, sobretudo, desenvolvidos em sintonia com os aspectos sustentabilidade e eficiência energética.
Ou seja, sob medida para lançamentos da marca no grande evento bienal do AVAC-R, que prossegue até sexta-feira (15/9) em São Paulo: compressores e unidades condensadoras mais eficientes em termos energéticos e compatíveis com fluidos refrigerantes de baixo potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês), entre os quais soluções levemente inflamáveis (A2L).