A Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal entra em vigor hoje (1º) com a ratificação ainda esperada de mais de dois terços das partes integrantes do pacto ambiental celebrado há mais de 30 anos.
Até o momento, apenas 65 dos 197 signatários do protocolo ratificaram a emenda que estabelece diretrizes para a redução progressiva de hidrofluorcarbonos (HFCs), fluidos refrigerantes prejudiciais ao clima do planeta, devido ao potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) deles.
Embora os EUA e a China, os maiores produtores e consumidores dessas substâncias, ainda estejam por ratificar (e os EUA parecem cada vez menos propensos a fazê-lo), o acordo fechado em Ruanda, em 2016, recebeu um impulso significativo há pouco mais de duas semanas com a ratificação do Japão.
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Sob a Emenda de Kigali, os países desenvolvidos vão reduzir o uso de HFCs em 85% até 2036, ação que deverá ajudá-los a atingir as metas do Acordo de Paris para redução de emissões de gases de efeito estufa.
A maioria dos países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil, começará a reduzir gradualmente o uso de HFCs em 2024.
Espera-se que este acordo evite um aquecimento global de 0,4 °C até 2100, o que contribuirá significativamente para o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura da Terra a menos de 2 °C.
A implementação da Emenda Kigali foi bem-recebida esta manhã pela Comissão Europeia (CE), que ratificou o acordo em setembro.
Saudando-a como “o próximo passo para salvar o nosso planeta”, o departamento de ação climática da CE apontou que o consumo de HFCs na UE em 2017 já foi 12% abaixo do limite da primeira fase de eliminação da Emenda Kigali.