Além de reduzir diretamente o valor das contas de luz, a isenção do ICMS para geração de energias limpas e renováveis no Rio Grande do Sul promove uma conscientização maior para as próximas gerações.
A constatação é do diretor técnico da Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação (Asbrav), Ricardo Vaz de Souza, para quem “a medida é positiva e já vem com um certo atraso”.
“Além da questão de reduzir o tempo do retorno financeiro, a iniciativa deve popularizar o uso das fontes de energia renováveis, o que irá, ao longo do tempo, alterar nossa matriz energética. É importante diversificá-la para que não dependamos tanto do regime de chuvas ou da extração de carvão”, argumenta.
O diretor da entidade conta ainda que em outros países já existem equipamentos de climatização que utilizam placas coletoras solares como fonte própria de energia. Além disso, existem vidros para janelas que também são coletoras de energia solar.
“As novas tecnologias precisam desses incentivos governamentais para serem difundidas e popularizadas. No caso da isenção, pode parecer, inicialmente, que o governo está abrindo mão de uma receita, mas, na verdade, isso resultará em menor necessidade de investimentos em hidrelétricas e termelétricas”, exemplifica Souza.
Desde o dia 1° de junho, está em vigor no RS um decreto que prevê isenção de ICMS sobre a mini e a microgeração de energias limpas e renováveis para consumo próprio, como eólica, biomassa e solar. O decreto também acabou com a cobrança de 30% do imposto sobre o volume de energia produzida em residências com unidade microgeradora.
Fonte: Assessoria da Asbrav – Foto: JMPereira