As autoridades chinesas disseram que vão reprimir o uso e a produção de substâncias que destroem a camada de ozônio (ODS, em inglês), incluindo o clorofluorcarbono (CFC) R-11.
Respondendo a acusações de que o país é a fonte de um misterioso aumento de emissões desse gás banido pelo Protocolo de Montreal, o Ministério do Meio Ambiente anunciou uma campanha nacional para combater as atividades ilegais.
No início deste ano, as medições atmosféricas realizadas por uma equipe da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) revelaram que, de 2014 a 2016, as emissões do CFC-11 aumentaram 25% acima da média registrada de 2002 a 2012.
A culpa disso foi atribuída a uma fonte não identificada no leste da Ásia. Uma investigação posterior feita pela Agência de Investigação Ambiental (EIA) descobriu o uso em larga escala de CFC-11 no mercado chinês de espuma de poliuretano.
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As autoridades chinesas dizem agora que as empresas e os indivíduos suspeitos de produzir e vender ODS serão investigados e punidos.
“Esta é uma ação especial e de grande abrangência. O objetivo é encontrar e combater atividades ilegais envolvendo ODS, especialmente o CFC-11, e garantir o cumprimento do tratado internacional”, ressaltou um porta-voz do Ministério do Meio Ambiente.
Ele admitiu que a produção ilegal seria difícil de encontrar, mas disse que quando as violações forem descobertas, elas serão investigadas e “tratadas com rigor”. Os criminosos, garantiu ele, serão severamente punidos.
As investigações da EIA revelaram evidências de que o uso de CFC-11 como agente de expansão era “prática comum” na fabricação de espumas para isolar termicamente edifícios e eletrodomésticos.
Segundo os investigados pela organização não governamental, o CFC-11 estava sendo usado porque era mais barato que as alternativas ambientalmente aceitáveis.