Fundado em março de 2012 e detentor da Carta e do Código Sindical – emitidos em novembro de 2016 pelo Ministério do Trabalho –, o Sindicato dos Trabalhadores em Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar no Rio Grande do Sul (Sindigel-RS) representa, atualmente, em torno de 50 mil refrigeristas gaúchos.
Em 27 de março passado, a entidade celebrou com o Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços no Segmento de Refrigeração, Aquecimento, Climatização e Ventilação (Sindratar-RS) sua primeira Convenção Coletiva homologada pelo MTE, composta por 80 cláusulas envolvendo temas como piso salarial, férias, reajustes, adicional noturno e seguro de vida.
Recentemente filiada à Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a entidade tem atuado para resgatar a qualidade da formação da mão de obra que hoje chega ao mercado, uma vez que “a profissão está sendo prostituída atualmente, com pessoas que ficaram desempregadas e começaram a trabalhar como se fossem refrigeristas, apenas fazendo um curso expresso de 15 dias ou assistindo a uma vídeo no YouTube, fazendo serviços duvidosos por valores aviltados, cobrando inacreditáveis R$ 100,00”, argumenta o presidente do Sindigel-RS, Adriano Porto Benevides.
O dirigente lembra que o estado sempre foi reconhecido no país por formar uma das melhores mãos de obra voltadas ao HVAC-R. “O Rio Grande do Sul já foi um dos maiores celeiros de refrigeristas do Brasil, especialmente nas décadas de 1970 e 1980, destacando-se por ter a primeira cadeia específica de refrigeração, mantida pela Faculdade de Engenharia Mecânica na cidade de Rio Grande, de onde saíram ótimos refrigeristas”, afirma.
O desejo de Benevides é valorizar todos os profissionais que atuam no setor – do meio oficial mecânico ao técnico em refrigeração; do trabalhador em calefação àquele que mexe com tratamento do ar e ventilação.
Para que isso se torne realidade em todo o País, o dirigente tem participado ativamente de um movimento nacional que fará um trabalho no Congresso Nacional para que a profissão de refrigerista seja uma profissão homologada pelo Ministério do Trabalho. “Projetamos que em até um ano e meio este sonho se tornará realidade”, complementa o presidente do Sindigel-RS.