No Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado hoje (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que, das 112,5 milhões de doações coletadas em todo o mundo, cerca da metade é registrada em países de alta renda, onde vivem apenas 19% da população global.
Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 1,6% da população brasileira é doadora de sangue. Na avaliação do governo, este número é aceitável. No entanto, de acordo com a OMS, o número ideal seria 3%.
Mas tão importante quanto estimular a doação de sangue, conservar corretamente o material é fator decisivo para garantir a sua qualidade e salvar vidas.
Os sistemas de refrigeração utilizados por laboratórios, hemocentros e clínicas são cruciais nesta missão, pois precisam assegurar precisão às baixas temperaturas requeridas.
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Segundo o Ministério da Saúde, que regula procedimentos técnicos da hemoterapia e imunizações, a temperatura para conservar o sangue precisa ficar entre 2 °C e 6 °C; e para o plasma, entre -20 °C e -30 °C.
Oscilações nessas médias colocam o material sob o risco de contaminações. “Daí a importância da estabilidade da refrigeração, fundamental à qualidade dos materiais e, portanto, à qualidade de vida de milhares de pessoas”, explica Rodolfo Cereghino, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Embraco.
Soluções médico-hospitalares
Segundo a indústria de compressores sediada em Joinville (SC), sua tecnologia Fullmotion responde à necessidade de precisão necessária ao segmento médico para conservação de sangue e derivados ao prover velocidade variável ao sistema de refrigeração.
O sistema assegura estabilidade na temperatura exigida para refrigerar materiais sensíveis, como sangue, sem gerar picos de partida no compressor, o que reduz significativamente o consumo energético.
Recentemente, a companhia inovou com o lançamento do Plug n’ Cool com inversor bivolt, solução completa de refrigeração para aplicações médicas no Brasil.
Adaptado ao setor da saúde, o equipamento é capaz de reduzir em até 30% o consumo de energia e, por ser bivolt, atende a diferentes regiões, mesmo em situações de instabilidade na rede elétrica, segundo a companhia.
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“Estamos sempre em contato com os grandes players do setor, nacionais e internacionais, buscando oportunidades de codesenvolvimento para soluções cada vez mais customizadas à conservação de fluidos orgânicos como o sangue”, diz Cereghino.
É o caso Helmer Scientific, fabricante norte-americano de freezers e refrigeradores para o setor hospitalar, que desenvolveu refrigeradores médicos com até 55% de redução no consumo energético, 37% do nível de ruído e melhora de 105% na uniformidade da temperatura.
O estudo de caso da Embraco e Helmer Scientific será apresentado esse mês na Califórnia (EUA), durante a ATMOsphere America 2018, evento global do setor da refrigeração.