Resfriador de líquido que opera com o ar ambiente, o drycooler tem se destacado no mercado como uma arma contra o grande volume de água gasto pela indústria, por economizar até 99% do recurso natural, em comparação às tradicionais torres de resfriamento de circuito aberto.
O equipamento, também conhecido como “torre seca”, evita a formação de colônias de micro-organismos como a Legionella, bactéria responsável por matar cinco mil brasileiros todos os anos, segundo dados extraoficiais.
Essas características têm animado o segmento, que observa um aumento considerável nas vendas. Em alguns casos, como o da Mecalor, a alta chega a 150% neste ano, em relação ao ano passado.
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A empresa brasileira já forneceu drycoolers para as fábricas da GM, Fiat, GE, Colgate Palmolive, Volvo, Sanremo e Plasútil. A indústria de plástico, em especial, é o setor que mais abraçou a tecnologia.
Para se ter uma ideia, uma torre aberta consome muita água por evaporação, podendo chegar até 2% ou 3% da vazão nominal. Para uma torre com vazão de água de 100 m³/h, o consumo pode chegar a três mil litros por hora.
Num drycooler da marca, por exemplo, o consumo fica em torno de 30 litros por hora, ou seja, corresponde a 1% do consumo de uma torre de resfriamento tradicional.
Embora o investimento no drycooler seja maior de início em relação às torres de circuito aberto, podendo chegar a seis vezes, o custo operacional é cerca de 70% menor. O tempo de retorno do investimento varia de 15 a 36 meses, conforme o caso.
“Quem instalou um drycooler não volta mais para o sistema de torres”, afirma János Szegö, diretor-presidente da Mecalor, que atualmente exporta para os EUA, Colômbia, Equador, Chile, Peru e Guatemala.