A saída dos EUA do Acordo Climático de Paris, anunciada ontem (1º) pelo presidente Donald Trump, não afeta o compromisso da indústria local de climatização e refrigeração com a eficiência energética e a gestão ambiental. A avaliação é do famigerado Instituto de Refrigeração, Aquecimento e Ar Condicionado (AHRI, na sigla em inglês).
“O fato de o governo ter decidido buscar caminhos alternativos além desse tratado para atender seus objetivos energéticos e ambientais não altera, de modo algum, a determinação do HVAC-R norte-americano de reduzir o impacto ambiental dos produtos e equipamentos que fabricamos”, ressaltou o presidente da entidade, Stephen Yurek.
“Nossa indústria já demonstrou seu compromisso com a eficiência energética e a gestão ambiental, tanto no país como no exterior”, reforçou o executivo.
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Agora, a expectativa é de que a decisão de Donald Trump de retirar os EUA do Acordo de Paris não afete a adesão do segundo maior poluidor do planeta à Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, que prevê a redução dos hidrofluorcarbonos (HFCs) nas próximas décadas.
No mês passado, Stephen Yurek disse à revista Washington Examiner: “Estamos tentando mantê-lo [Kigali] separado das discussões sobre Paris, pois são dois acordos completamente diferentes. [Este outro pacto climático] é uma parceria entre a indústria, o governo e os ambientalistas, e isso é o que temos dito à administração federal”, informou.
Apesar dos receios, muitos acreditam que o governo Trump ratificará o Acordo de Kigali, uma vez que a redução dos HFCs atrai menos oposição e é apoiada pelos principais fabricantes de fluidos frigoríficos dos EUA.