O mais recente Documento de Posição da Embraco sobre Refrigeração Comercial Leve se baseia nos testes da empresa para avaliar as soluções transitórias de baixo potencial de aquecimento global (GWP, em inglês) disponíveis no mercado de refrigerantes.
A publicação leva em consideração um relatório divulgado no ano passado, no qual a indústria de compressores diz que considera os hidrocarbonetos R-600a (isobutano) e R-290 (propano) como as melhores soluções de longo prazo para as aplicações comerciais leves, tanto em baixa como em média pressão.
Embora haja preocupações de segurança que atualmente limitam o uso desses fluidos refrigerantes altamente inflamáveis (A3), a Embraco espera que mudanças legislativas futuras removam as limitações existentes relacionadas à quantidade de carga permitida.
Leia também
Embraco e Liebherr fecham parceria
Dorin aprova Opteon XP10
Companhia de navegação adota Opteon XP10
Como opção não inflamável, o Opteon XP10 (R-513A), um refrigerante à base de hidrofluorolefina (HFO) desenvolvido pela Chemours, foi aprovado pelo fabricante como uma alternativa aceitável ao hidrofluorcarbono (HFC) R-134a durante sua fase transição. Com um GWP de 573, esse fluido não inflamável possui um GWP 56% menor que o do R-134a.
O R-1234yf, uma HFO pura, foi anteriormente classificado como alternativa aceitável de longo prazo para o R-134a, mas a Embraco reconhece que a inflamabilidade moderada dos refrigerantes da classe de segurança A2L requer uma linha de produtos específica para esses fluidos.
A Embraco também informa que não pode considerar os refrigerantes R-407F, R-407A, R-448A e R-449A como substâncias alternativas para os sistemas que usam compressores da marca com R-404A.
Esses fluidos, segundo a empresa, podem exigir mudanças no sistema, como redução de temperatura de condensação (condensador maior, ventilação aprimorada) ou redução da temperatura do gás de retorno para obter um perfil térmico semelhante ao do R-404A.
Para o R-404A, a companhia aprovou o R-452A como uma alternativa de transição. Contudo, para manter ativa a garantia, a Embraco insiste que a aplicação final precisa ser validada, caso a caso, por sua equipe de suporte técnico. Em particular, a utilização em sistemas operando em condições de alta taxa de compressão deve ser evitada, ressalta a multinacional.
O Documento de Posição da Embraco sobre Refrigeração Comercial Leve 2017 pode ser baixado aqui.