A Comissão Europeia adotou uma proposta para que os países do bloco ratifiquem a emenda ao Protocolo de Montreal relativa à redução global dos hidrofluorcarbonos (HFCs), a maioria dos quais utilizados como refrigerantes em sistemas de refrigeração e de ar condicionado.
A proposta segue o Acordo de Kigali, estabelecido em outubro passado na capital de Ruanda, onde as 197 partes do tratado internacional aceitaram limitar gradualmente a produção e o uso desses gases de efeito estufa.
Para que a emenda legalmente vinculante passe a valer, pelo menos 20 partes precisam ratificá-la. Portanto, só a ratificação pelos países da União Europeia (UE) já poderia desencadear sua entrada em vigor mundo afora.
Segundo estabelece o Acordo de Kigali, as primeiras reduções devem ocorrer a partir de 2019 nos países desenvolvidos. A maioria dos países em desenvolvimento congelará o nível de consumo de HFCs em 2024, e um terceiro grupo fará isso em 2028.
“Esse acordo não só nos ajudará a cumprir os nossos objetivos climáticos, mas também proporcionará novas oportunidades aos fabricantes europeus de ar condicionado e refrigerantes para aceder ao mercado global, atraindo novos investimentos”, avalia Miguel Arias Cañete, comissário responsável pela Ação Climática e Energética.
A UE já tomou medidas para reduzir os HFCs no âmbito dos regulamentos relativos aos gases fluorados com efeito estufa (F-gases), e agora está encorajando outros países a avançar nessa questão.