O Comitê de Mulheres da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) promoveu, na sexta-feira (26/8), um café da manhã para celebrar o Dia Internacional da Igualdade Feminina, efeméride instituída em 1973 para lembrar a 19ª emenda constitucional dos Estados Unidos, que garantiu às mulheres do país o direito ao voto, em 1920.
“Apesar de sermos mais da metade da população, ainda somos sub-representadas politicamente e nos cargos de liderança nas empresas”, conforme salientou a presidente do comitê feminino da entidade, Priscila Baioco, na abertura da reunião.
Durante sua palestra no encontro, a especialista em gestão estratégica de recursos humanos Cristiane Maziero lembrou que a presença feminina no mercado de trabalho vai gerar R$ 382 bilhões até 2025.
“A economia brasileira poderia aumentar em até um quarto com a inclusão de mais mulheres no mundo do trabalho”, ressaltou a consultora.
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Outra palestrante do evento, a empresária Neide Montesano destacou que a mão de obra feminina é imprescindível para a agenda sustentável das empresas.
Segundo ela, companhias com boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) são mais lucrativas e “correm menos riscos de enfrentar problemas jurídicos, trabalhistas, fraudes e sofrer ações por impactos ao meio ambiente”.
“Infelizmente, apenas 15,2% dos assentos em conselhos de administração de empresas brasileiras de capital aberto são ocupados por mulheres”, disse.
De acordo com a última edição do Global Gender Gap Index, o mais abrangente estudo mundial sobre desigualdade de gênero, o mundo levará, no ritmo atual de progresso, 132 anos para que haja uma paridade completa entre homens e mulheres no mercado de trabalho.