A oficina e escola paulistana de climatização e refrigeração automotiva Super Ar vai promover, no mês que vem, a segunda edição do projeto Expedição do Clima, desta vez rumo a Alter do Chão e Santarém, no Pará.
A road trip educativa, que tem como objetivo reforçar a importância da implementação da Emenda de Kigali e da qualidade do ar interno (QAI) nos meios de transporte terrestre e veículos agrícolas, partirá de São Paulo em 4 de setembro.
No trajeto, uma das paradas estratégicas vai ocorrer em Três Lagoas, onde o professor Sérgio Eugênio da Silva ministrará palestra sobre novas tecnologias e boas práticas para profissionais do setor na Câmara de Vereadores da cidade sul-mato-grossense no dia 6, das 19h às 22h.
“O intuito da Expedição Transamazônica é conscientizar os técnicos de manutenção acerca dos danos ambientais causados pelos gases de efeito estufa lançados na atmosfera por sistemas de refrigeração e ar condicionado instalados em carros, caminhões, ônibus, trens e tratores”, diz.
“Outro objetivo da nossa jornada é defender a conservação da maior floresta tropical do mundo. Para nós, estar na estrada percorrendo o bioma amazônico e interagindo com os colegas da região é uma das melhores maneiras de ajudarmos a preservá-lo”, afirma.
Segundo os organizadores, a previsão de chegada a Santarém é entre os dias 10 e 11 de setembro. No dia 13, o diretor da Super Ar deve palestrar sobre o mesmo tema na Associação Comercial e Industrial de Santarém (ACES), das 19h às 22h.
“Com a iminente ratificação da Emenda de Kigali, o Brasil deverá congelar o consumo de R-134a e outros hidrofluorcarbonos (HFCs) de alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) em 2024, reduzir seu uso em 10% até 2029 e atingir redução de 85% até 2045”, salienta o engenheiro mecânico.
“Isso vai mexer diretamente com a cadeia do frio e o segmento de ar condicionado automotivo”, diz.
Na indústria de climatização automotiva, a expectativa é que o R-134a seja substituído, nos próximos anos, pelo Opteon YF (R-1234yf), uma hidrofluorolefina (HFO) levemente inflamável (A2L) e de baixo GWP desenvolvida pela Chemours e largamente adotada por fabricantes de automóveis nos EUA, Europa e Japão.
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“Na indústria do transporte refrigerado, o fluido refrigerante a ser reduzido é o R-404A, um gás de efeito estufa quatro mil vezes mais potente que o CO₂”, complementa.
O especialista lembra que “a manutenção correta e periódica dos motores e dos sistemas de refrigeração e ar condicionado é fundamental para reduzir emissões de poluentes climáticos e também assegurar a qualidade do ar respirado por condutores e passageiros de veículos”.
Até o momento, a expedição sobre quatro rodas da Super Ar à região amazônica, que deverá chegar de volta do oeste paraense a São Paulo em 24 de setembro, está sendo patrocinada por ACA, Bergstrom, Chemours, Globus, Mastercool, Paccini, Quimital, Rodofrio, SterBox e Texa.
“Nossa participação nessa incrível jornada de conhecimento técnico e conscientização ambiental reafirma nosso compromisso com os princípios norteadores do desenvolvimento sustentável”, destaca o engenheiro Carlos Ribeiro, líder de vendas para aftermarket da Chemours no Brasil.
“Afinal de contas, nossa linha de fluidos refrigerantes Opteon é composta por soluções que melhoram o consumo de energia dos sistemas de refrigeração e ar condicionado e contribuem para reduzir em até 99% as emissões diretas de CO₂”, ressalta.
Outra patrocinadora do evento, a Quimital ressalta que, “como distribuidores de soluções tecnológicas para controle de vazamentos de fluidos refrigerantes e de outros produtos para o segmento, estamos satisfeitos por apoiar a iniciativa pioneira da Super Ar”.
Na avaliação da empresa, “as metas de corte de emissões de gases de efeito estufa estabelecidas pelo Acordo de Paris e Emenda de Kigali só poderão ser atingidas pelo Brasil com a redução do desmatamento da Amazônia e a contenção de fugas de HFCs, entre outras medidas dessa natureza”.