Os condicionadores de ar instalados nos edifícios públicos italianos não poderão mais funcionar com temperatura abaixo a 25 °C durante o verão. No inverno, a temperatura de aquecimento não poderá ultrapassar 21 °C.
A nova regra, batizada de Operação Termostato, deve entrar em vigor em 1º de maio e surge em meio à luta do país para encontrar novas fontes de energia para reduzir sua forte dependência do gás natural russo – atualmente, cerca de 45% da demanda italiana é suprida pela commodity importada da Rússia.
O ajuste obrigatório dos termostatos deverá se aplicar até 31 de março do ano que vem a escolas e outros prédios de uso coletivo, com exceção de hospitais. Eventualmente, a regra também poderá ser estendida a residências, segundo o governo.
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A regulação será baseada na média ponderada das temperaturas do ar medidas nas salas de cada edifício no inverno e verão.
O texto estabelece que a temperatura não deve ser inferior a 27 °C no verão, mas permite uma tolerância de -2 °C, ou superior a 19 °C no inverno, com tolerância de +2 °C.
O governo do primeiro-ministro Mario Draghi diz que a norma restritiva pode resultar na economia de até quatro bilhões de metros cúbicos de gás.
“Não queremos mais depender do gás russo, porque a dependência econômica não deve se tornar sujeição política. A diversificação é possível e pode ser implementada em um período de tempo relativamente curto, mais rápido do que imaginávamos há apenas um mês”, disse o premiê em entrevista publicada pelo Corriere della Sera no domingo.