A Ucrânia e a Rússia já estão em guerra. Após semanas de tensões geopolíticas e crescentes temores de que o exército russo finalmente invadisse o território ucraniano, Vladimir Putin transmitiu nesta manhã (24/2) uma mensagem anunciando o início, em suas próprias palavras, de uma “operação militar especial” com o objetivo de “desmilitarizar” o país vizinho.
Como consequência desse conflito temido em todo o mundo, as bolsas europeias abriram esta quinta-feira com grandes perdas e o preço do gás e do petróleo disparou.
A guerra, enfim, põe em xeque o fim da crise das commodities que a indústria global enfrenta desde o início da pandemia de covid-19.
“Isso pode gerar um efeito borboleta, elevando os preços das matérias-primas à medida que os problemas de abastecimento se multiplicam”, conforme alertam analistas da Bloomberg Intelligence, destacando que “as sanções à Rússia podem dar lugar à escassez de energia” na Europa.
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Entre as matérias-primas que serão afetadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, além do gás e do petróleo, estão o alumínio e o níquel (ingrediente essencial para a fabricação do aço), ambos considerados imprescindíveis para a indústria de refrigeração e ar condicionado, que já enfrenta escassez de diversas commodities.
A Rússia produz cerca de 6% do alumínio mundial e responde por 7% da produção mundial de níquel. A China é o maior produtor mundial de alumínio, com produção de cerca de 39 milhões de toneladas métricas em 2021, mas a Rússia também é um grande exportador.