O aumento da conta de luz – motivado principalmente pela alta das bandeiras tarifárias em decorrência da crise hídrica – tem provocado uma busca maior por fontes alternativas de energia, em especial os painéis solares.
Segundo dados do Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel), o número de unidades instaladas de módulos fotovoltaicos no País cresceu, apenas neste ano, 50%.
A geração distribuída de energia fotovoltaica tinha, no final de 2020, 517 mil unidades participantes (5 GW). Hoje, são 781 mil (7,1 GW).
O número das novas conexões de placas solares à rede elétrica, até o final de setembro, ultrapassou o total do ano de 2020. No ano passado, foram 212.435 novas conexões de geração distribuída e, neste ano, já são 221.880.
A projeção do Inel é que se tenha mais de 35 GW de potência na geração distribuída em 2030 (cinco vezes mais do que temos hoje), com mais de 3,8 milhões de geradores, incluindo casas, comércios e indústrias.
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“O retorno sobre o investimento dos sistemas fotovoltaicos das casas hoje é próximo a quatro anos. Se financiado, normalmente a parcela do financiamento é menor do que a economia da conta de luz. O brasileiro não precisa tirar dinheiro do bolso para gerar a própria energia”, afirma o presidente do Inel, Heber Galarce.
O Inel, em parceria com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), aponta que a implementação de novos 10 GW de geração distribuída, em até 2 anos, contribui para a recuperação do nível de armazenamento de energia dos reservatórios das usinas hidrelétricas em cerca de 20%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, subiu 1,14% em setembro, maior número registrado no mês desde 1994. Esse resultado foi puxado pela alta nos preços dos combustíveis e da energia elétrica.