A atuação, a função e a responsabilidade do CEO de uma empresa equivalem às do técnico de futebol ou do maestro de uma orquestra. A analogia foi feita pelo engenheiro químico Klaus Friedrich Hepp, presidente da Vulkan do Brasil, durante live promovida em 24 de junho pela Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil).
Formado pelo Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, o executivo é também o atual diretor executivo da Vulkan na Colômbia, México e África (alcançando as 48 nações da África Subsaariana) e tem profunda experiência em comandar empresas em outros países, como Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha, Chile e Peru.
Nascido nos arredores de Frankfurt, o engenheiro graduou-se na cidade de Kaiserslautern, onde foi trainee no departamento de engenharia em uma indústria de óleo e gás, e, em Düsseldorf, adquiriu experiência atuando em projetos de controles mecânicos e de processos.
Foi assim que, ainda nos anos 1990, recebeu o convite para vir ao Brasil participar de uma auditoria interna na unidade da Henkel, em Jacareí (SP). Veio para ficar apenas três semanas, mas permaneceu por três anos, retornando à Alemanha. Também trabalhou nas filiais da empresa em diversos países.
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Mais tarde, no final de 2009, voltou ao Brasil para gerenciar a equipe de vendas da filial de uma empresa alemã estabelecida em Franco da Rocha (SP). Há sete anos, é CEO da Vulkan do Brasil, em Itatiba (SP), multinacional com 135 anos de existência, líder no mercado de tecnologia para os setores naval, automobilístico e de refrigeração e ar condicionado, segmento para o qual fornece o consagrado sistema de união de tubos a frio Lokring.
“Desde então criamos um centro de desenvolvimento de produtos e promovemos a expansão comercial da nossa empresa na América Latina. Hoje, temos escritórios de vendas e engenharia na Colômbia e uma rede de distribuidores e representantes no Chile, Peru, Colômbia, Equador, Bolívia, América Central e México. Com toda essa experiência, há três anos fui convidado para uma outra divisão da Vulkan na América Latina, juntamente com a Vulkan África (sede na Cidade do Cabo, África do Sul) e Austrália, escolhidas pelas similaridades desses mercados”, relatou Klaus.
Confiança
Na opinião do executivo, a montagem de equipes também é crucial. Segundo ele, os engenheiros brasileiros são excelentes e nada devem para os seus colegas germânicos.
O engenheiro acha complicado trabalhar com pessoas pouco flexíveis e acredita ser fundamental montar um time multifuncional, instrumentalizado e dedicado, a fim de conseguir ter uma operação bem-sucedida.
“Cada funcionário tem a sua capacidade e ficou provado recentemente, quando lançamos um projeto e convidamos todas as áreas da empresa, colaboradores e lideranças, a dar sugestões para sermos mais eficientes. Encontramos uma grande disposição de colaboração de todos”, lembrou Klaus, na live comandada por João Vitor Stedile, diretor executivo da Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha.
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