Responsável por 26,6% do Produto Interno Bruto em 2020, segundo dados divulgados ontem (11) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o agronegócio tem, no setor do frio, importante aliado para seguir crescendo.
Isto porque máquinas agrícolas, como tratores, colheitadeiras, plantadeiras, pulverizadores e semeadeiras, têm se destacado pela tecnologia envolvida em sua construção, inclusive com equipamentos de climatização cada vez mais eficientes.
Mesmo na primeira fase da pandemia, em 2020, as receitas com vendas de máquinas computadas entre janeiro e junho cresceu 6,2% na comparação com o mesmo período de 2019, atingindo R$ 8,221 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
A entidade acredita que o mercado de máquinas agrícolas continuará promissor em 2021, uma vez que os preços estão bons, dólar num bom patamar e as chuvas voltaram.
“E são as máquinas com ar-condicionado, em operação 24 horas por dia, que estão colaborando grandemente para esse crescimento”, argumenta o professor Sérgio Eugênio da Silva, coordenador da Ilha do Ar Condicionado Automotivo na Febrava, principal feira da cadeia de HVAC-R, tratamento da água, ferramentas e EPIs da América Latina.
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“No setor automotivo agrícola, além de os sindicatos rurais exigirem a obrigatoriedade de ar-condicionado, o sistema é responsável pela conservação dos muitos componentes eletrônicos que não podem operar em altas temperaturas”, diz.
Segundo o especialista, para não comprometer o tempo de vida útil dos equipamentos, eles necessitam de manutenção constantemente, principalmente na entressafra. “Se não houver uma revisão geral no aparelho de ar condicionado, o sistema entra em colapso”, salienta.
“Em longo prazo, somente um plano de manutenção é viável, porque o dono de usina, por exemplo, perceberá que poderá ter um custo menor. Outro fator importante é o bem-estar do operador, que conseguirá prestar serviços com mais qualidade e eficiência”, complementa.
Um veículo com ar-condicionado, explica o professor, tem muitas diferenças internas em relação a um sem a presença do equipamento.
“A bateria, o alternador e o chicote elétrico são diferentes. O sistema de arrefecimento é outro. Radiador e eletroventilador, nos veículos com ar-condicionado, têm capacidades bem superiores”, compara.
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