O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, pretende pôr fim ao descaso do governo de Donald Trump em relação aos fluidos refrigerantes de alto potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) e aprimorar os padrões de eficiência energética dos aparelhos de refrigeração e ar condicionado.
Ao que tudo indica, a eleição do democrata para a presidência da nação mais poderosa do mundo representa uma mudança radical nas políticas ambientais e climáticas do segundo maior emissor de gases de efeito estufa (GEE) do planeta.
Sob a administração Trump, o governo dos EUA não regulamentou os hidrofluorcarbonos (HFCs) no âmbito de um programa de eliminação dessas susbstâncias estabelecido pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), nem enviou ao Senado a Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal para ratificação.
Mas ambas as políticas devem ser revisadas sob Biden, de acordo com seus próprios pronunciamentos e observações feitas por partes interessadas da indústria de refrigeração.
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Isso poderá ocorrer independentemente de o Partido Democrata controlar ou não o Senado, o que deverá ser definido somente após as eleições de segundo turno no estado da Geórgia em 5 de janeiro.
Em seu website, o presidente eleito disse que pretende implementar o esquema de redução progressiva de HFCs da Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal nos primeiros 100 dias de seu governo.
Atualmente, 16 estados — Havaí, Oregon, Rhode Island, Massachusetts, Maine, Connecticut, Delaware, Maryland, Pensilvânia, Nova York, Colorado, Virgínia, Califórnia, Vermont, Washington e Nova Jersey — já aprovaram ou estão discutindo o estabelecimento de uma legislação para impor limites ao uso desses gases com base nas regras da EPA.