As mulheres que atuam no HVAC-R brasileiro enfrentam os mesmos desafios de suas colegas dos demais setores da economia – salários inferiores ao dos homens; pouca representação pelas lideranças do setor; discriminação pelo fato de ser mulher; desequilíbrio no quadro geral de funcionários das empresas em relação aos seus colegas, entre outros problemas.
Esse cenário é reforçado por pesquisa realizada pelo Comitê de Mulheres da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), que apresenta o perfil da presença feminina no mercado do frio e define ações da entidade para 2021.
Segundo o levantamento, menos de 17% das entrevistadas que atuam em empresas privadas ocupam cargos de liderança, enquanto somente 30% das participantes relatam equilíbrio entre homens e mulheres no quadro geral de funcionários nas empresas onde atuam.
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Por outro lado, o levantamento mostra que, originalmente, mais de dois terços das mulheres do HVAC-R brasileiro não escolheram atuar no setor. Porém, uma vez estando nele, se apaixonaram e permaneceram. Outro dado impressionante: quase 70% das profissionais possuem, no mínimo, ensino superior completo, sendo uma parcela altíssima com formação em engenharia.
“Conhecer o perfil das mulheres do HVAC-R é essencial para o sucesso dos trabalhos que serão desenvolvidos pelo Comitê. A adesão à pesquisa foi surpreendente e mostra o engajamento das mulheres com essa jornada e com nosso mercado”, afirma Priscila Baioco, presidente do Comitê de Mulheres da Abrava e gerente de vendas da Armacell.
O levantamento visou entender melhor o posicionamento e as necessidades do público feminino que trabalha nos setores representados, independentemente da área de atuação ou cargo, para o desenvolvimento de um planejamento de ações para o próximo ano.
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