Os fabricantes de condicionadores de ar instalados no Brasil produziram 3,53 milhões de splits residenciais no ano passado, uma expansão de 21% sobre 2018, segundo dados divulgados hoje (23) pelo departamento de economia da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava).
Embora auspicioso, o número de aparelhos fabricados ainda está aquém do recorde registrado em 2014, quando o setor produziu 4,33 milhões de eletrodomésticos.
Enfim, a indústria de climatização ainda não se recuperou totalmente do baque provocado pela forte recessão que viveu nos anos de 2015 e 2016, mas as expectativas quanto às vendas são mais animadoras agora.
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O setor, que começou a se recuperar lentamente em 2017 e continuou engatinhando em 2018, até finalmente voltar a crescer de forma mais vigorosa no ano passado, deve produzir 4,06 milhões de splits domésticos em 2020, um aumento de 15% em relação a 2019.
“Contudo, essa estimativa pode estar excessivamente conservadora”, disse o economista Guilherme Moreira, consultor da entidade. “Eu não me surpreenderia se essa projeção fosse superada”, acrescentou.
Ao todo, os quatro segmentos representados pela Abrava faturaram R$ 34,2 bilhões em 2019. Para 2020, a entidade prevê faturamento de R$ 37,7 bilhões, uma alta de 10% em relação ao ano passado.
Fatores como retomada da construção civil, expansão do crédito devido à queda das taxas de juros, crescimento do consumo das famílias e demanda por tecnologias mais eficientes do ponto de vista energético justificam o otimismo dos empresários.