O buraco na camada de ozônio atingiu extensão máxima de 16,4 milhões de quilômetros quadrados em 8 de setembro, e depois encolheu para menos 10 milhões de km² durante o restante de setembro e outubro.
De acordo com cientistas da agência aeroespacial norte-americana (Nasa) e da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), essa contração rápida é extremamente rara na natureza, especialmente nesta época do ano, quando o rombo sobre a Antártida costuma crescer.
Eventos climáticos semelhantes na estratosfera antártica também produziram buracos atipicamente menores em setembro de 1988 e 2002. Enfim, esta é a terceira vez em 40 anos que fenômenos naturais limitam o esgotamento do ozônio estratosférico.
“É importante reconhecer que o que estamos vendo este ano é devido às temperaturas estratosféricas mais quentes”, salientou Paul Newman, cientista chefe de ciências da terra Centro de Voos Espaciais Goddard.
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Portanto, o pesquisador adverte que isso “não é sinal de que o ozônio atmosférico esteja se recuperando rapidamente”. Ou seja, apesar da boa notícia, seria injusto dar os créditos desse avanço à eliminação do uso de compostos clorados, como os CFCs e HCFCs, conforme estabelece o Protocolo de Montreal.
Nos últimos anos, a tendência de recuperação da camada de gás que envolve a Terra e filtra 99% da radiação solar ultravioleta (UV) tem sido atribuída ao banimento dessas substâncias.
Em função dessas ações de eliminação de CFCs e HCFCs, os cientistas esperam que o tamanho da ozonosfera sobre a Antártida atinja níveis anteriores a 1980 somente em 2070.