O consumo dos hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), uma das principais substâncias responsáveis pela degeneração da camada de ozônio, teve queda de 37,75% no Brasil em relação à linha de base equivalente à média de consumo dos anos 2009 e 2010, revela o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O percentual de redução ficou a apenas 1,35% abaixo da meta de 39,3% pactuada pelo Brasil para o ano de 2020, conforme cronograma de eliminação do consumo de HCFCs estabelecido pelo Protocolo de Montreal para os países em desenvolvimento. O cronograma prevê a eliminação completa dos HCFCs no Brasil até 2040.
A destruição da camada de ozônio expõe os seres humanos ao excesso de radiação ultravioleta (UV), o que causa riscos de danos à visão, ao envelhecimento precoce, à supressão do sistema imunológico e ao desenvolvimento do câncer de pele, além de influir no aquecimento global.
“Com esse resultado, portanto, o Brasil favorece a saúde das pessoas e contribui, por outro lado, para a redução do aquecimento global, confirmando, desse modo, os seus compromissos internacionais relacionados com a mudança do clima”, avalia o MMA.
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A queda do consumo desses fluidos refrigerantes é resultado das ações do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), que é coordenado pelo MMA.
O programa busca sensibilizar os consumidores das substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDOs), principalmente os setores de refrigeração, espuma e serviços associados, a adotarem uma estratégia de controle, redução e eliminação delas.
O PBH também prevê a difusão de informações para os 74 mil supermercadistas do País sobre os benefícios ambientais e econômicos da substituição dos HCFCs por substâncias inofensivas à camada de ozônio na manutenção de seus freezers, refrigeradores, balcões frigoríficos, ares-condicionados e outros aparelhos de tecnologia obsoleta, que ainda utilizam SDOs.